terça-feira, 13 de julho de 2010

Cori é a rainha dos pranchões


A norte-americana Cori Schumacher sagrou-se campeã mundial de longboard ao vencer o Roxy Jam 2010, encerrado no último domingo (11/7) em Biarritz, França.


Cori dominou todas as baterias que disputou e soube aliar um surf progressivo com longos hang fives e hang tens.


A final foi disputada contra a compatriota Kaitlin Maguire, nascida na mesma região da Califórnia e que cresceu tendo Cori como mentora. Kaitlin surfou mais no estilo clássico e executou longos hang fives.


As brasileiras foram eliminadas logo na estreia e acabaram na 17º colocação. Escaladas nas baterias 7, 8 e 10, as brasileiras Cristiana Pires, Chloé Calmon e Karina Abras enfrentaram difíceis condições em um horário em que as ondas quebravam no outside e enchiam depois do drop.


Em Biarritz, a maré influencia muito na formação das ondas. O que se viu foram baterias em condições precárias, com a onda fechando inteira e média de notas baixas. Já com a maré enchendo, uma direita perfeita se formava e as atletas que tiveram a sorte de cair nesta hora deram um show de longboard.


Mesmo com a coroação da campeã mundial, o Roxy Jam não acabou por aí. Na última segunda-feira (12/7) foram realizadas três baterias da Expression Session, que pontua a manobra mais radical e a melhor manobra de bico.


Chloé Calmon caiu na primeira bateria e executou belos hang fives, mas não conseguiu avançar diante das inspiradas Cori Schumacher e Summer Romero, que executaram os melhores nose rides. Já Justine Dupont e Ashley Quintal executaram a manobra mais radical e também avançaram para a semifinal.


Na segunda bateria, a brasileira Cristiana Pires avançou junto com Jennifer Smith com a manobra mais radical, enquanto Kassia Meador e Kaitlin Maguire executaram os melhores nose riders.


Na terceira bateria, a brasileira Karina Abras também avançou com a manobra mais radical e Coline Menard e Ophélie Ah-Kouen com melhores nose riders.


Além da Expression Session, muitas outras atrações ainda acontecem em Biarritz como festival de arte e shows. O campeonato se encerra na quarta-feira (14) com uma bonita festa no cassino da Grand Plage, em um dos maiores feriados franceses, a queda da Bastilha.


Uma linda queima de fogos está marcada para finalizar este que é um dos melhores campeonatos do mundo do surf.

Resultado do Roxy Jam 2010

1 Cori Schumacher (EUA)
2 Kaitlin Maguire (EUA)
3 Joy Monahan (Haw)
3 Justine Dupont (Fra)
5 Kelly Nicely (EUA)
5 Jennifer Smith (EUA)
5 Coline Menard (Reu)
5 Kelia Moniz (Haw)
17 Chloé Calmon (Bra)
17 Cristiana Pires (Bra)
17 Karina Abras (Bra)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Latinos estreiam em Puerto


Válido como quarta etapa do Tour Latino Masculino de Bodyboard, o Zicatela Pro 2010 acontece entre os dias 28 de julho e 6 de agosto no temido beach break de Puerto Escondido, México.


Os maiores nomes do bodyboard mundial devem marcar presença no evento que oferece US$ 20 mil em prêmios e 2.000 pontos no ranking masculino da América Latina.


A disputa ainda é válida pela segunda etapa do Circuito Mundial Feminino e como terceira do Mundial de Dropknee.


“Sem dúvida o evento promete ser emocionante. A proposta é seguir os rumos trilhados por localidades como Arica, no Chile, que passou por uma preparação até se consolidar no circuito mundial”, comenta Chico Garritano, head judge da IBA (International Bodyboard Association).


O hexacampeão mundial Guilherme Tâmega é o líder do Tour Latino com 2.556 pontos, seguido de perto pelo catarinense Eder Luciano e pelo atual campeão do circuito, o capixaba Magno Oliveira, os ambos com 2.171 pontos.


Entre as mulheres, a líder é a cearense Isabela Sousa, que venceu a etapa de Búzios (RJ) e assumiu a ponta do ranking. Na segunda posição aparece a capixaba Maylla Venturin, vice-campeã da etapa de Búzios.

domingo, 11 de julho de 2010

Parko fora de Jeffreys

O australiano Joel Parkinson está fora do Billabong Pro que rola entre os próximos dias 15 e 25 de julho, em Jeffrey's Bay, África do Sul.

Atual campeão da prova, o atleta de 29 anos sofreu um corte no pé durante uma sessão de surf em Snapper Rocks na manhã desta sexta-feira.

Parko sofreu a contusão ao cair dentro de um tubo e chocar-se com a prancha. "Logo percebi que o corte era muito grave. Não queria olhar pra ele porque sabia que não estava nada bem", conta Joel.

Joel contou com a ajuda de um grande amigo e também do tricampeão mundial Andy Irons, que estavam surfando com ele no momento do acidente.

"J-Bay é um dos meus eventos prediletos, por isso estou obviamente desapontado por não estar lá este ano. Depois de uma parada tão longa, eu estava realmente muito ansioso para competir novamente e surfar J-Bay", lamenta o vice-campeão mundial de 2009.

Depois da etapa sul-africana, o calendário terá um intervalo de seis semanas até o evento seguinte, o Billabong Pro no Tahiti, a partir de 23 de agosto.

"De certa forma eu tive sorte de acontecer isso agora e não no final do ano, quando os eventos são um atrás do outro. Pelo menos eu tenho tempo agora para acertar e ficar pronto para o Tahiti", conclui o top.



Fonte Aspworldtour.com

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Jeffreys esquenta o Tour


Depois da belíssima vitória do potiguar Jadson André em Imbituba (SC), chegou a vez de o World Tour 2010 voltar a entrar em cena.


Desta vez, os tops duelam nas perfeitas direitas de Jeffrey's Bay, África do Sul, palco do Billabong Pro, quarta etapa da temporada.


A competição acontece entre os próximos dias 15 e 25 de julho. As baterias já foram definidas e os brasileiros Jadson André e Neco Padaratz abrem a prova contra o tricampeão mundial Andy Irons.


No quinto confronto, novamente dois brasileiros entram em ação - Adriano de Souza e Marco Polo encaram o português Tiago Pires na briga por uma vaga direto na terceira fase.


Em 2009, o Billabong Pro foi vencido pelo australiano Joel Parkinson, que na final superou o norte-americano Damien Hobgood.


Atual líder do ranking, o norte-americano Kelly Slater chega a J-Bay motivado a dar mais um passo em busca do décimo título mundial. Em sua estreia, Slater enfrenta um convidado da Billabong e o jovem australiano Owen Wright.


Primeira fase do Billabong Pro 2010

1 Jadson André (Bra), Andy Irons (Haw) e Neco Padaratz (Bra)
2 Bede Durbidge (Aus), Luke Stedman (Aus) e Adam Melling (Aus)
3 Dane Reynolds (EUA), Daniel Ross (Aus) e Jay Thompson (Aus)
4 Bobby Martinez (EUA), Jeremy Flores (Fra) e Nate Yeomans (EUA)
5 Adriano de Souza (Bra), Tiago Pires (Por) e Marco Polo (Bra)
6 Joel Parkinson (Aus), Tom Whitaker (Aus) e Blake Thornton (Aus)
7 Jordy Smith (Afr), Roy Powers (Haw) e Joan Duru (Fra)
8 Kelly Slater (EUA), Owen Wright (Aus) e convidado
9 Taj Burrow (Aus), Damien Hobgood (EUA) e convidado
10 Mick Fanning (Aus), Kieren Perrow (Aus) e convidado
11 Taylor Knox (EUA), Luke Munro (Aus) e Tanner Gudauskas (EUA)
12 C.J. Hobgood (EUA), Kekoa Bacalso (Haw) e Matt Wilkinson (Aus)
13 Fred Patacchia (Haw), Patrick Gudauskas (EUA) e Brett Simpson (EUA)
14 Michel Bourez (Tah), Dean Morrison (Aus) e Dusty Payne (Haw)
15 Chris Davidson (Aus), Michael Campbell (Aus) e Drew Courtney (Aus)
16 Adrian Buchan (Aus), Ben Dunn (Aus) e Travis Logie (Afr)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Páginas verde e amarelas


A Surfing já foi mais brasileira. Dez anos atrás - ou quase isso, em novembro de 2000 - a revista mais ianque do surfe publicava uma edição repleta de referências positivas ao Brasil. Era uma época de apostas altas em fichas verde e amarelas.


O surfista da capa não era brasileiro, mas o resto, sim. O editor dividiu em dois a palavra “domination”. Num lado, abaixo da expressão “domi”, Teco Padatatz está apresentado num perfil generoso. No outro, seguido por “nation”, aparece o título “Amadores brasileiros mandam no mundo”, numa referência ao ISA Games de Pernambuco, quando a molecada vestiu a amarelinha e, escoltada por alguns profissionais, massacrou os gringos como nunca dantes na história do esporte.

Logo nos primeiros anúncios de página dupla, Peterson Rosa aparece dando um aéreo para vender a linha de shorts Maori da MCD. Bronco era tratado com um respeito hoje raramente concedido a atletas brasileiros que defendem grandes marcas.


Algumas páginas depois, lá está Teco, num sofisticado perfil assinado pelo jornalista Vince Medeiros, um gringo-abrasileirado que sabe driblar palavras duras num texto. Sob o título “The unsinkable brasilian”, algo como “O brasileiro insubmergível”, numa referência à reação improvável do catarinense.


Um ano antes ele havia perdido a vaga no WCT e, naquela altura de 2000, ocupava o respeitável terceiro posto do mundo, depois de beliscar pódios de respeito, com um segundo em Bells e um terceiro em J-Bay.

Nas generosas quatro páginas em que o brasileiro foi retratado, são só elogios. “Ele é boa pinta, tem uma mulher bonita, uma casa espaçosa e um paco gordo de dólares vazando de sua carteira. Não apenas isso, mas ele é também o surfista mais bem-sucedido da história a vir do Brasil.” E Teco, dono de uma auto-estima à altura de seu surfe, não se faz de rogado: “Eu me tornei essa incansável máquina de surfe, o que é ótimo porque eu estava surfando bem e ganhei o respeito de todos os gringos”, conta ao jornalista, lembrando de competição no circuito nacional americano, a NSSA.

Perguntado sobre a perspectiva de título, ele responde: “Eu só estou aqui pelo surfe. Vamos ver onde isso vai me levar”. E o autor do texto emendou: “Um surfe que pode muito bem levá-lo ao topo. Vamos apenas esperar e ver.”


Meia dúzia de páginas à frente, uma matéria de página dupla anuncia: “Missão impossível - domínio mundial absoluto: Brasil destrói o ISA Games” A matéria começa num tom blue por conta de uma das piores performances da equipe americana na história do evento.


Os EUA foram jogados na escória da 10ª posição, atrás de países que a esta altura não tinham qualquer história no surfe, como Nova Zelândia, Espanha, Portugal, Taiti e França.

Lá pelo meio do texto, o autor arrisca: “Os juniores brasileiros - Marcondes Rocha, Bernardo Pigmeu e André Silva - vinham sendo o ponto alto do evento. Cada um desses três garotos vão um dia navegar para cima do ranking do WCT.”

E, antes que a revista acabe, anunciando a próxima edição, uma foto de Neco Padaratz ilustra a apresentação da cobertura do WCT de Huntington Beach, que teve o próprio em terceiro. No ano anterior, Neco vencera, com Fabinho em segundo e Vitinho em terceiro, no melhor resultado da história do surfe brasileiro no WCT.

Desde a fatídica Surfing de novembro de 2000, quase 10 anos se passaram. As apostas se revelaram furadas. Do dia que a revista saiu do forno em diante, tivemos problemas de adaptação em eventos de prime location, grandes ídolos jogados à aposentadoria, renovação insuficiente e, mais que tudo, quase nenhum espaço na mídia americana. Voltamos a vencer há dois anos, com o convidado especial Bruno Santos, e agora, com as novas estrelas, Adriano de Souza e Jadson André.

Algo me diz que os títulos são o prenúncio um novo ciclo de valorização do surfe brasileiro. Mas há quem duvide. Ian Cairns outro dia se disse entediado com a performance de Mineirinho. E Kelly Slater deu a entender que Jadson é apenas mais um excelente surfista de ondas pequenas criado nos beach-breaks brasileiros.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Tahiti, copa e crowd brazuca


Em mês de copa do mundo pensei que poderia ter me agilizado anteriormente para desfrutar na África do Sul de alguns jogos e das ondas de Durban, Cape Town e Jeffreys Bay, próximo a Port Elizabeth. Na falta, nada mal estar no Tahiti rodeado de um monte de brasileiros e assistindo aos jogos na maior torcida.


Quantidade grande de tupinikins assitindo jogos em Teahupoo, logo o crowd na água era constante. Quando via os reports do fotógrafo Aleko Stergiou antes de embarcar, falava: "Nossa, nunca vi um crowd tão grande de brasileiros no Tahiti".


Quando cheguei à casa do nativo Marama na região de Vairao, já famosa por receber surfistas verde-amarelos, deu pra comprovar a situação, tinha uns “15 nego”, ou mais. Tardei em quatro dias minha viagem relâmpago em virtude de uma greve que assolava a ilha, pois
Galera brazuca reunida para assistir os jogos do Brasil. Foto: Aleko Stergiou.

nem o aeroporto funcionava. Que o diga a equipe da Smolder, que ficou “entalada” no Chile antes de chegar a Papeete. Peguei a mesma conexão que eles quando passei pelo Chile.


Desde minha saída do WCT (hoje WT) em 2003, não voltava ao Tahiti, porém deu pra constatar que está tudo igual, salvo os filhos das famílias das casas nas quais me hospedava, pois estão enormes. Os preços das hospedagens também tiveram um acréscimo e no caso dos aluguéis de embarcações dobraram. Alguns triplicaram.


Meus quatro primeiros dias de Teahupoo foram de fortes chuvas, diferente daquelas fotos que Aleko (mom bebê) estava enviando ao Waves, nas quais águas limpidas e cristalinas deixavam os corais translúcidos. Salvo por um pequeno break na chuva e ventania, o quarto dia teve o ápice de um swell entre 6 e 10 pés, talvez com séries um pouco maiores para alegria e adrenalina da galera.


Assim que chegamos em Teahupoo, com o barco lotado de brazucas, a dupla brasileira de tow in Victor Faria e Rodrigo Koxa fazia um treinamento visando dias maiores. Aldemir Calunga encontrava-se em uma embarcação posicionando um fotógrafo para seu trabalho.


Vendo de cara uma onda enorme do Koxa, perguntei ao Calunga o real tamanho do mar. "Fia, se liga, tem onda maior do que essa que passou”, disse o potiguar. Esperamos um pouco e fomos aos poucos abrindo o pico na remada.


Caí junto com Thiago Guimarães e em poucos minutos já estávamos descendo as pacoteiras quadradas. Surfei com uma 6’6" mais larga e mais grossa do que costumo usar, pois não abro mão de ter uma prancha com bastante remada naquele pico, tamanha a velocidade na qual se deslocam as paredes.


Um par de ondas surfadas e chegaram também Pedro Manga e Felipe Cesarano, o Gordo. Nas maiores sempre vinha a dupla do tow, ora Coxa, ora Faria. Os caras vinham lá de trás e era impressionante a velocidade atingida por eles.


Fiquei incrédulo ao ver Heitor Pereira ser rebocado e passar por uma seção tubular que jamais achava que ele iria completar. Porém a onda de Teahupoo é espetaculosa, muitas vezes é 10 ou 0. Pra felicidade do Heitor, a dele foi 10.


O local Raimana Van Bastolaer também apareceu para rebocar um amigo e quando o puxou colocou o cara em uma onda maravilhosa. Não lembro o nome do cara, porém depois ele pegou um ótima na remada também. As ondas não paravam, o surf estava intenso.


Chegaram mais brasileiros. Bernardo Lopes e Diego Santosmque morando atualmente no Hawaii já se encontram em Teahupoo há um bom tempo. Foram muitos tubos e ondas sinistras. Drops atrasados e algumas vacas animais, pois em Teahupoo não se pode pensar duas vezes antes do drop, é remar e remar forte, jogando totalmente o peso do corpo rampa abaixo, tal como fazem os caras do skate nos half pipes, pois só assim o cara será feliz e sairá pro abraço no canal.


Adrenalina a mil. No dia seguinte as ondas perderam um pouco de tamanho e alinhamento, porém boas ondas foram surfadas, com destaque para os tubões de Calunga e Marco Polo. Junho e Julho são meses de muitos ventos e chuvas no Tahiti, mais precisamente em Teahupoo, devido sua cadeia de montanhas.


Logo os 15 dias que passei lá foram uma certa briga com o tempo. Mas nada que não deixasse outros picos funcionando, como era o caso de Vairao, próximo ao nosso QG e a ilha de Moorea, onde pegamos um dia magnífico nas direitas de Temae. Cito aqui como uma das mais belas ondas que já surfei, juntando à minha lista onde se encaixam também Honolua Bay e Black Rock, na Austrália.


Em nossa passagem retornando de Moorea para Papeete, impressionou a marola que a potente embarção fazia no reef localizado na entrada do porto. As ondas haviam baixado, porém alguns surfistas e bodyboarders posicionavam-se na bancada esperando a marola do barco. Vendo uma ondinha de meio metro entrar perfeita e quadrada pensei: ali não fica flat nunca, ou pelo menos, mesmo flat, de hora em hora entra uma série perfeita com a aproximação do grande fast ferry.


Quando estava próximo de retornar ao Brasil, Teahupoo não esteve bom. Apenas ondas de 1,5 metros sem quase nenhum tubo. Logo a direitinha de Teavaiti funcionou. Eram ondas com cerca de 1 metro a todo momento e uma certa remação, pois a correnteza era grande.


Pelo menos reciclava o crowd de brasileiros, uns 10 na água. Impressionaram as manobras arrojadas e aéreas dos mais novos, como Rudá Carvalho, Marco Fernandez, Jessé Mendes, Ian Gouveia e as fortes rasgadas cortantes de Márcio Farney e Marco Polo, como também as sapatadas de Dunga Neto.


Depois dias intensos, encontrava-me de volta ao Chile, onde na fila da imigração os agentes nos olhavam atravessados devido ao término do jogo naquele exato momento, em que Brasil havia batido a seleção daquele país por 3 a 0.

Fonte: waves

domingo, 4 de julho de 2010

Caetano Vargas leva a melhor


O paranaense Caetano Vargas, 22 anos, é o grande vencedor da segunda etapa do SuperSurf International, encerrada neste domingo (4/7) em ondas de meio metro e séries demoradas na praia de Maresias, São Sebastião (SP).


Para vencer, ele dominou o duelo do início ao fim e derrotou na final o guarujaense Magno Pacheco, 21, por 13.90 a 8.90 pontos. Esta foi a primeira final de ambos em uma etapa do WQS.


“Estou muito feliz. Tudo deu certo para mim hoje. As ondas vieram nas baterias e só tentei mesmo mostrar o meu surf. Na final eu peguei
Magno Pacheco tem melhor resultado da carreira. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.

uma esquerda abrindo e fui soltando as manobras até onde deu. Depois não veio mais nada de onda boa e fiquei só administrando o resultado até o fim da bateria”, conta Caetano Vargas, que até então só tinha uma vitória na carreira profissional, conquistada em uma etapa do Circuito Paranaense na Ilha do Mel.


“A gente sempre chega com uma esperança, mas não acredita tanto que vai vencer. Mas campeonato é isso mesmo, acho que hoje era o meu dia. Agora estou na frente do ranking, mas isso é consequência do trabalho dentro d'água", explica o novo líder do SuperSurf 2010.


Apesar de buscar a todo preço, Magno Pacheco não encontrou as ondas que precisava na final para tentar reverter o resultado.


“Tentei tudo, arrisquei as manobras, dei aéreo, mas a calmaria predominou na bateria e ele teve sorte de pegar duas ondas boas logo no começo da bateria, então já garantiu a vitória ali. Mesmo assim estou feliz, amarradão pelo meu primeiro pódio como profissional e parabéns ao Caetano Vargas, que é um batalhador também e merecia a vitória também”, elogia Magno Pacheco.


Anteriormente, na primeira semifinal, Magno Pacheco passou pelo paulista David do Carmo em uma disputa apertada a cada onda e venceu por 13.76 a 12.90.


“Era a vez dele me vencer hoje e estou tranquilo. Sei que fiz meu trabalho e o terceiro lugar é um bom resultado também. Acho que Deus abençoou o Magno hoje, é um guerreiro também buscando seu espaço e sei que minha hora vai chegar. Quando tiver que ser, será”, diz David do Carmo.


Na outra semi, Caetano Vargas eliminou sem dificuldades o ubatubense Renato Galvão por 15.00 a 10.00, em outra batalha com poucas ondas.


“O mar ficou bem difícil e sem onda não dá pra surfar. O Caetano teve sorte de pegar uma primeira muito boa no início, uma das melhores desta manhã, e eu não tive o que fazer. Eu tinha que esperar uma high score para entrar na briga, não dava para ficar pegando as menores, só que infelizmente foram uns 20 minutos sem onda na bateria. Mas parabéns a ele que surfou bem as que pegou”, elogia Renato Galvão, que é o recordista de vitórias em etapas do SuperSurf.


Além de faturar US$ 12 mil dólares, Caetano Vargas assume a liderança na corrida pelo Peugeot oferecido ao melhor nas quatro etapas do SuperSurf Internacional 2010. As próximas serão no mês de outubro em Florianópolis (SC) e no Rio de Janeiro (RJ), palco da final da temporada.


Resultado da segunda etapa do SuperSurf International 2010


1 Caetano Vargas (Bra)
2 Magno Pacheco (Bra)
3 Renato Galvão (Bra)
3 David do Carmo (Bra)
5 Caio Ibelli (Bra)
5 Thiago de Sousa (Bra)
5 Victor Ribas (Bra)
5 Denis Tihara (Bra)

Ranking SuperSurf 2010 depois de duas etapas

1 Caetano Vargas (Bra) – 1.500 pontos
2 Marco Aurelio (Bra) – 1.400
3 Renato Galvão (Bra) – 1.230
4 Robson Santos (Bra) – 1.180
5 Simão Romão (Bra) – 1.050
6 Caio Ibelli (Bra) – 1.010
6 Denis Tihara (Bra) – 1.010
8 Magno Pacheco (Bra) – 1.004
9 Messias Felix (Bra) – 970
9 Victor Ribas (Bra) – 970
9 Saulo Junior (Bra) - 970

Ranking ASP South America depois de nove etapas


1 Alejo Muniz (Bra) – 7.255 pontos
2 Raoni Monteiro (Bra) – 7.114
3 Willian Cardoso (Bra) – 7.059
4 Hizunomê Bettero (Bra) – 6.976
5 Heitor Alves (Bra) – 6.083
6 Wiggolly Dantas (Bra) – 5.728
7 Rodrigo Dornelles (Bra) – 5.637
8 Leandro Bastos (Bra) – 4.602
9 Pedro Henrique (Bra) – 4.594
10 Gustavo Fernandes (Bra) – 4.374

ASP World Ranking depois de 24 etapas

1 Taj Burrow (Aus) – 24.125 pontos
2 Jordy Smith (Afr) – 22.191
3 Kelly Slater (EUA) – 21.750
4 Jadson André (Bra) – 21.689
5 C. J. Hobgood (EUA) – 19.484
6 Adriano de Souza (Bra) – 18.557
7 Mick Fanning (Aus) – 17.794
8 Bede Durbidge (Aus) – 16.183
9 Dane Reynolds (EUA) – 16.003
10 Chris Davidson (Aus) – 15.813
15 Heitor Alves (Bra) – 11.460 pontos
16 Raoni Monteiro (Bra) – 10.995
18 Wiggolly Dantas (Bra) – 10.484
23 Alejo Muniz (Bra) – 9.847
27 Willian Cardoso (Bra) – 9.421
32 Neco Padaratz (Bra) – 8.608
42 Hizunomê Bettero (Bra) – 7.182
43 Rodrigo Dornelles (Bra) – 7.179
55 Marco Polo (Bra) – 5.996